div>

Homem que manteve sobrinha em cativeiro por quase 10 anos se entrega à polícia


O homem que manteve a sobrinha em cativeiro por quase 10 anos se entregou à Polícia Civil no Espírito Santo, na última segunda-feira (14). Adenilson Lima da Silva, de 43 anos, tio da vítima, chegou na delegacia acompanhado do advogado e apresentou provas que serão analisadas pela Justiça.

A jovem de 25 anos foi libertada do cativeiro no dia 20 de setembro, no município baiano de Jucuruçu. O homem, porém, fugiu antes da chegada da polícia ao local.

Sequestrada pelo tio aos 15 anos, em 2015, na cidade de Rio Bananal, no Espírito Santos, a mulher conseguiu contato com a família recentemente pelas redes sociais. A jovem relatou que sofreu abusos sexuais constantes e era mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar.

Após se entregar, o homem foi preso e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória da Serra, na Grande Vitória, onde ficam os presos que cometem crimes sexuais. O inquérito agora foi encaminhado para a Justiça.

Relembre o caso

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), o tio passou a coagir a vítima em 2014, quando cometeu o primeiro abuso sexual contra ela ao descobrir que mantinha "paqueras" na escola.

No início do ano seguinte, ele obrigou a então adolescente a fugir com ele, alegando que, caso ela resistisse, mataria ela e a família. Na época, a menina deixou apenas uma carta para a família, relatando que iria embora. O pai, desesperado, procurou as autoridades para informar sobre o relacionamento.

Há cerca de oito meses, o suspeito deu um celular à sobrinha, permitindo que ela conseguisse contactar a família sem que ele soubesse. "Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitiu que ela frequentasse a escola. A vida dela era completamente controlada por ele. A vítima passou por vários locais, incluindo a capital Vitória, onde viveu por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. Durante todo o tempo, ela foi obrigada a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100,00 por mês”, afirmou o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares.

No local do cativeiro, foram apreendidas três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos.

Por: Bnews
Tecnologia do Blogger.