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Rebelião que deixou 5 mortos em presídio de Salvador começou após briga entre facções criminosas e tentativa de fuga

A rebelião de detentos do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, começou após uma briga entre membros de facções criminosas rivais, na Penitenciária Lemos Brito, que fica na unidade prisional. Ao menos cinco internos morreram e outros 17 ficaram feridos.



Toda a ação aconteceu na tarde de domingo (20) e foi controlada no início da noite. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia informou ainda que, durante a rebelião, houve uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões.

Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre elas não foram divulgados. A situação foi filmada pelos detentos e imagens foram divulgadas nas redes sociais.

Quatro internos morreram ainda no local e o quinto morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido em estado grave. Os 17 detentos feridos também foram socorridos para unidades médicas que não foram divulgadas. Os nomes deles não foram divulgados.

A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.

Depois que a ação foi controlada, na noite de domingo, os internos passaram por revista, que foi retomada pela Polícia Militar nesta segunda. A Seap não informou se materiais foram apreendidos no domingo.

O tenente-coronel Flávio Farias, comandante do Batalhão de Guardas da PM, falou sobre cenário do complexo penitenciário nesta manhã.

“O momento é tranquilidade no Complexo Penitenciário. O módulo onde teve a rebelião entre os internos no momento está tranquilo e a PM está no entorno, dando todo apoio à Seap. Foram 17 feridos. Dezoito a princípio, mas um deles morreu durante o socorro que foi prestado”.

No domingo, familiares de internos estiveram no local e protestaram em frente ao complexo penitenciário, pedindo informações sobre a situação dos presos. O Sindicato dos Rodoviários chegou a suspender a circulação dos ônibus na região, mas o transporte foi normalizado no mesmo dia.

Por G1

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