div>

Identificados mortos em rebelião no presídio


A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) corrigiu o número de mortos durante a rebelião na Penitenciária Lemos Brito para cinco, nesta terça-feira (22). Ontem, o secretário Nestor Duarte havia informado que o número havia subido para seis.



Além dos mortos, foram registrados 17 feridos, segundo a Seap. O Ministério Público da Bahia contabilizou 38 feridos, contando os que tiveram menor gravidade.

Os mortos foram identificados como Carlos Augusto Snatos Silva, de 31 anos, Daniel Pereira dos Santos, de 36 anos, Gilvan Ferreira Santana, Amilton Portugal dos Santos e Hones Batista da Silva, de 32 anos.

O secretário Nestor Duarte foi exonerado na manhã de hoje. A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (22), do Diário Oficial do Estado. Ele já havia pedido para sair desde o início do mês - no dia 8, entregou uma carta ao governador Rui Costa alegando motivos pessoais e questões políticas para tomar a decisão.


Rebelião
A rebelião ocorrida na Penitenciária Lemos Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, que ocorreu no último domingo (20), já contabilizou cinco mortos. A informação da Seap, confirmada ainda por Duarte, é de que o ciclo de violência iniciou a partir de uma briga entre líderes de facções, em disputa por áreas internas e externas.

A Penitenciária Lemos Brito abriga presos homens, já condenados em regime fechado. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos, número que excede a capacidade de 771 vagas.

Conflito entre facções
Até pouco tempo, uma relativa paz reinava entre os presos das três facções da Penitenciária Lemos Brito (PLB), uma das unidades do Complexo Penitenciário da Mata Escura. Apesar da rivalidade nas ruas de Salvador, na PLB havia um certo respeito entre os grupos, tanto que, em alguns momentos, eles ficavam juntos no banho de sol. Mas o crescimento do número de internos do Comando Vermelho (CV), uma das maiores organizações criminosas do país, foi visto como ameaça e levou a Tropa do A a planejar a execução do líder do CV e outros nomes fortes do grupo durante uma rebelião nesse domingo (20).

"Porquinho, da Tropa do A, e Cuminho, do Comando Vermelho, passaram a disputar o controle da PLB e ontem a Tropa do A iniciou o ataque ao grupo rival", declarou o comandante do Batalhão de Guardas (BG) da Polícia Militar (PM), o tenente-coronel Flávio Farias, na manhã dessa segunda-feira (21). "A PLB é dividida em três pavilhões, mas a Tropa do A é maioria. No entanto, o crescimento do número de integrantes foi o problema", explicou o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sinsppeb), Fernando Fernandes.

Durante a rebelião, cinco presos morreram, entre eles Daniel Pereira dos Santos, o Cuminho, líder do CV na PLB. Outros 17 internos ficaram feridos - 11 deles por arma de fogo. Perguntado como as armas chegaram aos presos, o comandante do Batalhão não soube informar. Uma pistola foi apreendida durante revista à tarde.

Por: correio24horas.

Tecnologia do Blogger.