Secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia se reúne com lideranças indígenas em Santa Cruz Cabrália nesta sexta-feira (26), às 14 h
Lideranças indígenas das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia se encontram com a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia , Julieta Palmeira, nesta sexta-feira (26),às 14 h, na quadra da Escola Indígena Pataxó, em Coroa Vermelha, município de Santa Cruz Cabrália. Em pauta, políticas públicas voltadas para a autonomia econômica das mulheres indígenas e a sensibilização das lideranças para o enfrentamento à violência de gênero.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA) tem mantido diálogo com as lideranças indígenas buscando ampliar as políticas públicas para os povos originários. Em julho, a SPM-BA entregou uma Casa de Farinha Móvel para três comunidades indígenas da Aldeia Igalha, em Ilhéus, no sul da Bahia.
Com capacidade de processar 1.600 quilos de mandioca por dia, o equivalente a oito sacas de farinha de 50 quilos, o equipamento beneficia 300 famílias da região. Tecnologia viabilizada pelo Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Funcep) ao custo de 250 mil reais, a casa de farinha faz parte do projeto Mulher Produtiva.
CRAM
Em 2018 foi inaugurado o Centro de Referência no Atendimento à Mulher (CRAM) de Santa Cruz Cabrália, instalado na sede da Secretaria Municipal de Ação Social. A SPM-BA equipou o Centro e entregou um automóvel para as atividades, cabendo à prefeitura a contratação da equipe de atendimento.
A população feminina de Cabrália é estimada em aproximadamente 13 mil mulheres, segundo o Censo 2010 do IBGE. O município ocupa a 60ª posição no país em número de homicídio de mulheres (por 100 mil habitantes), segundo o Mapa da Violência 2015. Na Bahia, o município está na 12ª posição.
Segundo o IBGE, a Bahia é o estado que concentra a maior população indígena do Nordeste, sendo que 15% dessa população está no município de Santa Cruz Cabrália. Com a inauguração do CRAM, as residentes no município vão dispor de um local especializado para o atendimento às mulheres em situação de violência. O CRAM estará aberto a todas as mulheres, com prioridade para as mulheres indígenas.